quarta-feira, 1 de junho de 2011

Religião e sexualidade

Muito bem, como eu venho dizendo, esse blog trata de assuntos da vida de pessoas comuns, histórias que podem acontecer com a gente, talvez com parentes, ou com nossos conhecidos.


Me pediram para abordar um tema muito delicado. Então vamos lá!!


      Antes de qualquer coisa, vamos entender o que é Religião.



Religião (do LATIM: "religio" usado na VULGATA, que significa "prestar culto a uma divindade", “ligar novamente", ou simplesmente "religar") é um conjunto de crenças sobre as causas, natureza e finalidade da vida e do universo, especialmente quando considerada como a criação de um agente sobrenatural, ou a relação dos seres humanos ao que eles consideram como santo, sagrado, espiritual ou divino. Muitas religiões têm narrativas, símbolos, tradições e histórias sagradas que se destinam a dar sentido à vida. Elas tendem a derivar em moralidade, ética, leis religiosas ou em um estilo de vida preferido de suas idéias sobre o cosmos e a natureza humana.
A palavra religião é por vezes usado como sinônimo de fé ou crença, mas a religião difere da crença pessoal na medida em que tem um aspecto público. A maioria das religiões têm comportamentos organizados, incluindo as congregações para a oração, hierarquias sacerdotais, lugares sagrados, e/ou escrituras.




Agora que entendemos um pouco sobre o que é Religião, vamos tratar do assunto que me trouxe aqui:  "Religião e Sexualidade"



- As mudanças recentes apresentam-se no contraste entre perspectivas hegemônicas e minoritárias. Tensões são evidenciadas, relativas aos direitos humanos e ao exercício da sexualidade. Por exemplo, enquanto a Igreja Católica mantém a condenação oficial de práticas abortivas e uso de contraceptivos, como os preservativos, cresce o número de mulheres pobres que morrem em situações de aborto clandestino. O discurso religioso cristão – em uma perspectiva hegemônica – se apresenta com uma grande carga de concepções morais apesar de propagar a idéia de ‘acolhida’ de homossexuais: são difundidas nesse universo representações que caracterizam as práticas homossexuais como “pecado”, “anormalidade” e comportamento que se opõe ao “plano divino”. O aborto permanece como tema tabu em diferentes cenários religiosos, quase sempre condenado, a partir da valorização e respeito à vida humana. O embate travado em torno da proposta evangélica de reversão da homossexualidade por meio de terapias e/ou conversão religiosa ressalta a complexidade da articulação entre religião e sexualidade.


A Religião e seus posicionamentos abordam a aceitação/condenação da homossexualidade em distintas perspectivas religiosas, chamando a atenção para o conservadorismo das doutrinas quando o assunto é sexualidade. A posição oficial da Igreja Católica é contrária à prática da homossexualidade, principalmente a partir de um posicionamento acerca da legitimidade do projeto de Parceria Civil: “A Igreja Católica não admite que se façam comparações entre a união entre pessoas do mesmo sexo e o matrimônio no sentido cristão do termo”. Por outro lado, o catolicismo comporta posturas mais flexíveis no convívio cotidiano entre fiéis e sacerdotes, ao comentar sobre a crescente sensibilidade pastoral para o atendimento a homossexuais no Brasil.


Outro posicionamento cristão abordado é o da Igreja Anglicana, que concebe a homossexualidade como “incompatível com as Sagradas Escrituras”. Nesse sentido, a Diocese Anglicana do Recife chega a proibir a ordenação de clérigos homossexuais ou de heterossexuais “que defendam a normalidade da opção homoerótica”. A Igreja Presbiteriana no Brasil (em uma perspectiva hegemônica) também condena a homossexualidade como “pecado”, alinhada a outras denominações protestantes, portadoras de uma ética sexual puritana centrada em perspectiva literalista da Bíblia. Já a visão do espiritismo kardecista considera a existência de uma trajetória do espírito em sucessivas vidas. A teoria da reencarnação compreende a homossexualidade como uma tendência/personalidade adquirida em experiências vivenciadas em diferentes encarnações. Do ponto de vista dos ensinamentos doutrinários, a homossexualidade pode ser significada também como uma “prova”, possibilidade de “educação dos sentimentos” através dos sofrimentos e lutas interiores.


Gente, tentei encontrar APENAS UMA que não fosse totalmente do contra, que aceitasse sem julgamentos, mas o que encontrei foi essa informação:


"Existe um discurso minoritário de igrejas protestantes “liberais” como a Igreja Presbiteriana Bethesda de Copacabana, no Rio de Janeiro, que “aceita” a homossexualidade a partir da proposta de uma igreja inclusiva e liberal. Já o culto afro-brasileiro aparece como religião mais flexível à presença de homossexuais."
E ao contrário de tantas "exclusões", sabe-se que existem alguns grupos, e líderes religiosos que criam pastorais de atendimento a pessoas com Aids e homossexuais. Assim como abrigam pessoas que se sentem excluídas de espaços religiosos que condenam a homossexualidade, permitindo a possibilidade de conciliação entre opção sexual e exercício da fé religiosa.



Mas como a maioria das religiões criticam, e na minha concepção a mais "asquerosa" de todas as informações colhidas para esse tema, foi esse detalhe:


"Perspectivas religiosas de vertente evangélica/protestante prometem a reversão da homossexualidade por meio de terapias e/ou conversão. Nesse sentido, abre-se a polêmica de afirmar que “há pessoas em todo o Brasil procurando apoio para sair da homossexualidade”.




                                                              


Fala sério genthy, ser homossexual precisa de terapia? Conversão? Os gays pedem apoio para sair da homossexualidade? Como se isso fosse uma doença?
As igrejas pregam isso!


Eu freqüentei muitas igrejas, e quantos meninos e meninas "diferentes" eu via por lá. Pessoas que se reprimiam por medo de serem julgados, condenados, por acharem que iriam direto pro inferno por gostarem de pessoas do mesmo sexo. Sinceramente, no meu ver, eram pessoas infelizes, que não seguiam suas vontades, porque a igreja os condenava.
Eu não me encaixei em nenhuma delas!! Afinal, para mim o que importa é ser feliz...


"Deus criou o amor, e a forma de amar é uma opção nossa!"
Crescemos aprendendo que existe o livre-arbítrio, podemos escolher nossas decisões. Se eu amo alguém do mesmo sexo, porque Deus me condenaria se eu estou partilhando do amor que ele mesmo me ensinou a ter?





Acredito que seremos julgados e condenados por atos que prejudicam a nós mesmos ou ao nosso semelhante! AMAR NÃO É PECADO.


Como a igreja pode condenar o amor, tendo dentro dela mesmo, "Líderes religiosos" que fazem coisas pior? Como os padres pedófilos, padres homossexuais que não se assumem, e apontam o dedo para os que não tem medo de mostrar o que são... Pastores que sugam o dinheiro dos fiéis, com a promessa de melhorias para a casa do Senhor, enquanto desfilam pelas ruas, seus carros importados, suas casas bem arquitetadas...
Não estou generalizando... É claro que existem os bons e fiéis líderes religiosos.



Mas se o pecado está muitas vezes dentro da própria igreja, porque apontar o dedo, e condenar aqueles que eles chamam de "pecadores?"

Um comentário:

  1. O que me deixa mais 'fula' da vida, é justamente o q vc falou, de acharem q homossexualismo é doença/vicio e q pode ser tratado com 'terapia' ou 'Igreja', faça-me o favor.
    Tanta gente reprimida por conta da 'fé' na Bíblia, pois a mesma julga essa prática, mas não acredito nessas interpretações da bíblia feita por homens falíveis e imperfeitos.

    Ninguém escolhe ser homo ou hetero, apenas nasce assim, e se o mesmo nasceu assim foi porque Deus permitiu.
    Então não julgueis para não ser julgado, pois ninguém é melhor que ninguém e Deus ama todos iguais!!!
    Mais respeito e amor ao próximo.
    As pessoas podem argumentar que sondoma e gomorra foram destruída devido a esse facto. Realmente verificamos isso na Bíblia, porem a Bíblia é muito clara no que diz respeito ao livre arbítrio. E foi o próprio Deus que deu o direito do homem fazer o que bem entender, então porque o homem quer tirar esse direito dos outros?
    As pessoas se preocupam tanto com a vida do próximo que esquecem da sua.
    Ao invés de se preocuparem com crianças que estão morrendo a fome, meninas que são vendidas, com os órfãos, as crianças que vão crescer em um lar sem família.
    As pessoas estão preocupadas se um casal Gay vai criar uma criança, mas se perguntarem as mesmas(os incomodados) se querem adotar elas, dizem logo que não.
    As crianças não podem ser criadas por gays mas podem ser criadas por pedófilos e podem viver em um orfanato a vida inteira pois é abominante um casal gay adotar??!!!
    Poupem-me.

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